Sobre ciclos menstruais, lua e o resgate do sagrado feminino

Sobre ciclos menstruais, lua e o resgate do sagrado feminino

Eu sou louca, completamente alucinada pela Lua, daquelas que sabe as fases – acompanha calendário lunar, faz rituais para cada uma das fases lunares – e super entendo a influência da Lua na minha vida e na de todas as mulheres, somos cíclicas, temos fases como a Lua.

E eu amo ser mulher, quero vir mulher em todas as minhas vidas, da mesma forma que acredito que até aqui, sempre fui mulher. E amando ser mulher eu também aceito e gosto da menstruação – estou numa idade em que posso estar entrando na menopausa em breve e estou sim me agonia, gostaria de continuar menstruando mais uns bons anos – menstruação para mim é sagrada e é o que me centra como mulher, me evidencia a cada mês a importância do meu ventre e de ser mulher numa sociedade que geralmente faz a imagem nefasta da menstruação e de tudo aquilo que nos identifica enquanto mulheres. É uma forma machista de deter o nosso poder, aquele poder ancestral que carregamos conosco em nosso ventre, fonte de vida, de prazer e da forma feminina de lidar com a natureza, interna e externa. Eu acredito e tento trilhar o caminho do Sagrado Feminino que busca resgatar esta sabedoria feminina ancestral.

Geralmente as campanhas publicitárias ligadas aos produtos para período menstrual me incomodam por não corresponderem a realidade que vivemos e ainda usar sangue azul e não vermelho, então amei a campanha da Pantys, marca de calcinhas absorventes (ainda não usei, mas há poucos dias conversei com uma moça que me falou que usa e que gosta bastante, que eu devia experimentar) e foi o release que recebi hoje que motivou este post.

A Pantys se uniu com a Kareemi, facilitadora da Ginecologia Emocional, para mostrar em uma série de imagens que o ciclo menstrual, a lua e as estações do ano estão completamente ligadas (aliás, eu realmente acredito que vivemos as quatro estações internamente também, assim como as fases da Lua). Ao longo da campanha, a marca abordará as quatro mulheres diferentes que existem ao longo do mês, com o objetivo de aprender e entender cada fase e ciclo.

A lua possui quatro fases (nova, crescente, cheia e minguante) e leva cerca de vinte e oito dias para dar uma volta completa ao redor da terra. Considerando que um ciclo completo tenha duração similar, a mulher ovula em fases complementares da lua, ou seja, se a última menstruação coincidiu com a lua nova, na lua cheia estava ovulando e, se menstruou durante o quarto minguante, ovulará durante o período crescente.

Prestar atenção e acompanhar a relação entre o seu corpo e a natureza é um exercício poderosíssimo de autoconhecimento (tenho feito isto e sou prova deste exercício fantástico de autoconhecimento) Por isso, as diretoras de criação da marca, Giulia Barbero e Marina Zaguini, com o apoio da Kareemi, mostram em uma série de fotografias, assinada pela fotografa Lorena Dini, que não existem coincidências, tudo está completamente ligado!

Desmistificar a visão ultrapassada de que a menstruação é algo ruim, chato, ou ainda sujo e descartável é a principal proposta da Pantys. Somando este desafio com as fases dos ciclos, a diretora de criação Marina Zaguini explica:

“Entendemos que o ciclo menstrual tem muito a nos ensinar e a campanha #somoscíclicas trouxe um aprofundamento sobre o tema. Fomos em busca de diversas visões, tanto científicas com ginecologistas, quanto místicas e ancestrais, com a Kareemi, e compreendemos que o organismo da mulher está alinhado com a natureza e com o cosmos. Através das estações do ano e das fases da lua, percebemos que cada fase tem suas características específicas, que impactam diretamente o nosso corpo e o nosso emocional”.

Toda mulher já reparou em algum momento da vida que geralmente mulheres que convivem diariamente acabam menstruando na mesma fase, na Antiguidade era comum as mulheres seguirem exatamente as faes da lua e da menstruação conforme a ordem das imagens da campanha: menstruação na Lua Nova, ovulação na Lua Cheia (percebam que não é à toa que até hoje a fase Cheia da Lua é associada ao amor, as paixões, a fertilidade!). Alguns estudos arqueológicos e de antropolgia  dizem que antigamente em algumas comunidades as mulheres tinham a tenda da lua, já que todas menstruavam juntas, elas se recolhiam para a tenda e uma cuidava da outra (toda vez que imagino esta cena, eu me emociono com esta irmandade, e só outra mulher para compreender algumas coisas que sentimos e vivemos).

O corpo é composto por mais de 70% de água e a lua possui um efeito poderosíssimo sobre as marés, não teria como ser diferente com as mulheres. Para mim e muitas mulheres ao redor do mundo isto é óbvio, mas ainda não parece assim tão óbvio para muita gente, então ações tão bacanas como esta que traz a #somosciclicas deve ser divulgada e difundida. E gente, as imagens estão belas demais!

Menstruação – Lua Nova – Inverno

 

Fase folicular – Lua Crescente – Primavera

 

Fase 3 – Ovulação – Lua Cheia – Verão

 

Fase 4 – lútea – Lua Minguante – Outono

A Pantys, marca pioneira que promete transformar definitivamente o comportamento feminino no Brasil, apresenta o conceito de calcinhas absorventes, em um mix de tecnologia, modernidade, design, saúde e sustentabilidade. Pensada por mulheres conscientes para um público que sabe o que quer. São quatro modelos de calcinha – tanga (R$75,00), biquíni (R$85,00), clássica (R$85,00) e hot pant (R$95,00) – os tamanhos das peças variam por fluxo de menstruação e vão do PP ao XXGG. Além disso, a marca oferece um kit maternidade ( com o primeiro sutiã de amamentação absorvente do mundo) em três cores: preto, nude e preto com nude, com valor especial de R$225,00. As peças estão disponíveis no e-commerce da marca www.pantys.com.br e também na pop upstore da Pantys na Rua Oscar Freire, n.924, São Paulo.

Virei fá da Pantys sem ainda nem ter usado o produto, mas em breve, estarei usando também.

Pra finalizar, na trilha sonora: Rita Lee

“Mulher é bicho esquisito, todo mês sangra” – Sim, sangramos mensalmente e não morremos por isto!

E na companhia de Cecília Meireles:

Lua Adversa

Tenho fases, como a lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua…
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!

Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua…)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua…
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu…

Cecília Meireles

Nada como ser mulher, se aceitar por completo, e respeitar a sabedoria que trazemos dentro de nós! Não é apenas o futuro que é feminino, o agora também é. Precisamos de #girlpower everyday!

Que mais marcas voltadas para a mulher entendam que somos muito mais que consumidoras e invistam em ações e campanhas que nos retratem com verdade e rompendo tabus e paradigmas!

Juro que me emocionei ao escrever este texto! E aproveito para agradecer mulheres importantes na minha caminhada de resgate do meu Sagrado Feminino e que tem tudo a ver com isto: minhas ancestrais – aliás eu chamo Suzana porque minha bisavó materna, libanesa, chamava Suzana e pediu para meus pais que se tivessem uma filha mulher para colocar o nome dela, pos até então ela tinha muitos netos e bisnetos e ninguém com seu nome, para continuar sua saga, como ela dizia.

Sou a filha mais velha de meus pais e imediatamente enviaram carta para ela dizendo que tinham tido uma filha e batizado de Suzana, ela que era poetisa e escrevia para uma revista libanesa, agradeceu muito, escreveu uma poesia para mim e falou que então poderia morrer em paz, pois já tinha uma mulher para continuar a saga. Minhas avós amads e tão importantes na minha vida – Julia e Lydia, minha amada mãe Leila, e também minhas irmãs Simone, Leila e Vanessa (a caçulinha que como eu também segue o caminho do Sagrado Feminino) e minhas sobrinhas. Somos uma família cheia de mulheres, todas fortes e incríveis!

E agradecer também a Moon Mother, Mariana de Paula Mourão, do espaço Sagrado Ser, local em que pela primeira vez participei de uma Benção Mundial do Útero; a outras Moon Mothers com as quais já participei de bençãos; as facilitadoras de grupos de Sagrado Feminino; Virginia Gaia, minha coach holística que trabalha com as questões do feminino também; Claudia Rasayana, amiga com quem faço algumas terapias, massagens etc; e a todas as minhas amigas!