Moda consciente e diversidade no "Slow Fashion Day" no Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente

Moda consciente e diversidade no “Slow Fashion Day” no Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente

Moda consciente, diversidade e inclusão na moda são assuntos que fazem meu coração vibrar e transbordar Amor e esperança em um mundo melhor,  mais justo, mais transparente,  mais amigo do meio ambiente e das pessoas. A moda que eu acredito é uma moda revolucionária que expressa o espírito do tempo, a cultura, o comportamento,  modos,  costumes, personalidades, sem julgar ou impor padrões.  Uma moda inclusiva e diversa, para pessoas de todas as idades, de todos os estilos, de corpos diversos!

E quando você participa da organização de um evento que traz para a passarela exatamente essa moda que você acredita e faz questão de divulgar? O coração transborda de alegria e da sensação de ter contribuído um pouco que seja para informar e conscientizar mais pessoas para a importância de uma moda justa, revolucionária,  que transforma e colabora para um mundo melhor.

No sábado, 2 de julho, aconteceu a primeira edição do “Slow Fashion Day” com realização do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente,  em parceria com o coletivo Revoluciona Moda 013, do qual faço parte. Meses atrás a diretora social do IHGSV,  Rosa Moretti, que organiza diversos eventos culturais e sociais no lindo Casarão, entrou em contato comigo por eu ser a representante do movimento Fashion Revolution Brasil na cidade de Santos querendo conversar sobre desfiles que já vinha realizando no Instituto.  Queria tipo uma consultoria em moda consciente para abordar sustentabilidade na moda em algum dos desfiles. 

Depois de meses de conversas com a equipe do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente,  a diretora Rosa Moretti,  a professora Ana Rennó e o presidente Paulo Eduardo Costa,  mais a estilista Aline Cassiane Curzi,  que trabalha com moda Regenerativa e que também faz parte do Revoluciona Moda 013, chegamos no formato do “Slow Fashion Day” realizado no último sábado. 

O “Slow Fashion Day” contou com desfile de 4 marcas autorais da região da Baixada Santista: Ateliê de Moda Regenerativa Aline Cassiane Curzi (tecidos sustentáveis); Felichita (peças em chita com tingimento natural); Ateliê no Pano (crochê); e Wal Leandro (upcycling).  A curadoria das marcas foi feita pela estilista Aline Cassiane Curzi,  que faz parte do Revoluciona Moda 013.

A apresentação e coordenação do desfile foi de Ana Rennó,  professora do curso de Manequim e Modelo do IHGSV e a idealização e direção dos eventos de moda realizados pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente ficam a cargo da diretora social do Instituto, Rosa Moretti. O presidente do IHGSV Paulo Eduardo Costa prestigiou a primeira edição do Slow Fashion Day. 

Além dos desfiles o “Slow Fashion Day” contou também com apresentação de alunos de violino do professor Manuel Sampaio na abertura e do Grupo Serenata de Amor, composto apenas por mulheres, que fechou o evento, além de uma breve apresentação sobre o movimento global Fashion Revolution Brasil na qual a representante do Fashion Revolution Brasil em Santos,  Suzana Elias Azar falou sobre a atuação do movimento e a importância da moda consciente nos tempos atuais. A jornalista especializada em moda também faz parte do Revoluciona Moda 013.

Sobre as marcas participantes:

Ateliê Aline Cassiane Curzi
O Ateliê Regenerativo Aline Cassiane Curzi possui a autenticidade como assinatura, responsabilidade em todos os processos da produção slow, modelagem arrojada e funcional, matéria-prima sustentável, foco na individualização dos corpos, zero lixo têxtil e conscientização na moda para os impactos que vão além do consumo.
Aline Cassiane Curzi trabalha na área de moda desde 2010, desenvolvendo coleções para outras marcas, e abriu o Ateliê Regenerativo Aline Cassiane Curzi em janeiro de 2022.
@ateliealinecassianecurzi

Wal Leandro
Wal Leandro aplica toda a sua experiência como mestra de modelagem, corte e costura para produzir vestuário upcycling com acabamentos impecáveis.  Trabalhou em diversas marcas e agora faz algumas peças autorais. 
Quando era criança via sua mãe costurando e ficava olhando como ela fazia os vestidos dela e da  irmã e reproduzia no papel. Aprendeu a costurar com sua mãe.

Felichita
Marca que desenvolve peças em tecidos de algodão (conhecido como chita) com tingimento natural e estampas exclusivas. A marca comandada por Ligia Martins foi fundada em 2018 em Santos,  participa de diversas feiras criativas na Baixada Santista e também em São Paulo. Tem uma loja em Santos. 
@modafelichita

Ateliê no Pano
O Ateliê no Pano surgiu da paixão da mãe Daniela Rodrigues Marques e sua filha Bruna por artes manuais como o crochê e o bordado. No começo produziam apenas para uso pessoal e para presentear amigos. Mas depois de muitos pedidos, criaram o ateliê e assim surgiu a marca, isso em 2018.
Utilizam materiais sustentáveis,  como o fio de malha, barbante e couro ecológico.  Produzem todas as peças com consciência ambiental e muita energia,  sempre pensando na mensagem que será passada e na harmonização das cores.
@atelienopano

Conheça mais sobre Revoluciona Moda 013 no @revolucionamoda013 , sobre o Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente no @ihgsv

Foi lindo demais! Na passarela,  modelos 50+, crianças,  jovens,  adultos de corpos diversos,  felizes mostrando roupas belas e que ao mesmo tempo são mais sustentáveis,  com matéria prima mais amiga do meio ambiente,  produção artesanal e feita localmente.  Vale sempre lembrar que sustentabilidade não é apenas ligada ao meio Ambiente.  É baseada nos pilares: ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável. 

O desfile Misturou que trouxe modelos vestindo peças de mais de uma das 4 marcas que desfilaram e alguns deles com as plaquinhas com questionamentos importantes propostos pelo Fashion Revolution Brasil: Quem Fez minhas roupas?; Do que são feitas minhas roupas?; e A Cor de quem fez minhas roupas? Foi emocionante. Uma imagem linda,  impactante e cheia de significados. A gente via na carinha das pessoas envolvidas a felicidade de estar ali levando a mensagem de uma moda mais consciente,  justa, responsável e transparente.

Agradeço a toda equipe do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente,  as quatro marcas que toparam participar do desfile, aos modelos, a fotógrafa Patrícia Vargas e o fotógrafo Diogo e ao público que foi prestigiar. 

Nosso trabalho de conscientização é trabalho diário,  de formiguinha,  de boca a boca, e todos podem colaborar levando a  importância da moda consciente para mais pessoas,  afinal juntos somos mais fortes!