5 anos é muito tempo ou quase nada?

5 anos é muito tempo ou quase nada?

Você lembra quando tinha cinco anos ou quase não lembra dos seus primeiros anos de vida? E ao longo da sua vida você já se perguntou quem gostaria de ser daqui 5 anos, ou gostaria de estar em um espaço de tempo de 5 anos?

Eu não costumo planejar nem minha vida e nem projetos para 5 anos, na verdade, cada vez mais evito colocar tempo para meus sonhos ou projetos, pois aos 51 anos fui aprendendo que tudo que temos é o agora, o tempo presente e que tudo pode mudar da noite para o dia.

Nos últimos 2 anos a pandemia do Coromavírus deixou isso tudo ainda mais evidente. De repente todos os projetos que fizemos pessoalmente e profissionalmente para 2020 simplesmente precisaram ser refeitos considenrando um novo mundo trazido por um vírus que nos fez parar, desacelerar e refazer rotas ficando em casa.

E hoje, quando o blog Suzanices completa 5 anos, todas essas questões vieram a tona. Pretendia fazer mudanças substanciais para colocar no ar hoje e assim celebrar o aniversário do blog, mas simplesmente não deu tempo de fazer as mudanças que desejo para esse meu espaço de reflexão, de escrever sobre o que eu gosto, sobre o que acredito ser bacana falar e está tudo bem, tudo em seu próprio tempo, afinal as coisas acontecem quando devem acontecer e no fundo sabemos que não temos controle sobre as coisas, mas devemos fazer a nossa parte em busca dos nossos sonhos, vivendo o hoje e ao mesmo tempo limpando o terreno para a semeadura do que desejamos.

O Suzanices não foi criado para ser um blog que fosse monetizado ao longo do tempo, foi sonhado e feito para ser um hobby onde escrevo de forma mais livre sobre assuntos que me interessam. Sou jornalista, a escrita é o meu dom, é como ganho dinheiro no exercício de assessora de imprensa, mas textos jornalísticos e de assessoria de imprensa seguem formatos e estilos pré-definidos e sentia falta de um espaço para escrever com o coração, uma escrita curativa, leve, sem seguir regras.

Só que esses 5 anos foram anos de muitas mudanças internas e externas. Já não sou mais a mulher de cinco anos atrás, como não sou mais a Suzaninha que tinha 5 anos, já gostava de ler – estava engatinhando no processo de alfabetização, mas já amava escutar histórias e viajar com elas – e já sabia que queria ser jornalista para ajudar a transformar o mundo através da informação.

Continuo cometendo Suzanices por aí, cada vez mais livre em ser eu mesma, sem rótulos e o meu posicionamento na vida se reflete aqui, no instagram, nas minhas outras redes sociais, no meu trabalho. Só que hoje, sou uma mulher 50+ que tem espírito jovem e não quer simplesmente ser uma pessoa de meia idade, até porque sempre acreditei que maturidade, sabedoria, saber viver não estão ligados a idade cronológica e sim com o processo de autoconhecimento de cada um. Existem jovens de alma velha e idosos de alma infantil e está tudo bem, cada um no seu tempo, no seu processo.

O Suzanices é uma criança que viveu intensa e plenamente seus dois primeiros anos e foi perdendo intensidade e constância nos últimos 3 anos e agora ao completar 5 anos está no ponto para mudar sua rota sem perder sua essência.

A moda continua a ser uma das minhas paixões, mas minha relação com a moda hoje é ainda mais focada em comportamento, em autoconhecimento, em estilo de vida, em diversidade e pluralidade. Continuaremos a falar de moda por aqui, mas cada vez mais levantando reflexões comportamentais, políticas, sobre moda consciente, sobre autoconhecimento, moda como expressão pessoal e cultural.

O lifestyle ganha mais espaço aqui com áreas para música, diversão, arte, literatura, turismo, gastronomia, bebidas, enfim para as boas coisas da vida, porque apesar das dificuldades, desigualdades sociais, decepções a vida é bonita e merece ser vivida intensa e apaixonadamente.

Só posso agradecer a quem fez parte da história do Suzanices nesses 5 anos e dizer: vamos embarcar em uma nova aventura? Vamos juntos transformar esse espaço aqui em um local de boas conversas sobre tudo aquilo que vale a pena ser dito e vivenciado?