Semana Fashion Revolution 2019 por uma moda ética e que valoriza as pessoas

Semana Fashion Revolution 2019 por uma moda ética e que valoriza as pessoas

Em 24 de abril de 2013 a indústria da moda mundial sofreu um baque com o desabamento do prédio Rana Plaza, em Bangladesh, que causou a morte de 1.134 pessoas e deixou mais de 2.500 feridos. A tragédia levou a reflexão sobre a importância de uma moda mais ética e sustentável, que respeite as pessoas e o meio ambiente. Com isso foi criado o movimento Fashion Revolution que anualmente realiza ações de conscientização ao redor do mundo.

A Semana Fashion Revolution, campanha anual que ocorre em mais de 100 países, mobiliza pessoas para atuar por uma indústria da moda mais justa, segura e transparente. De 22 a 28 de abril, espera-se mais de 275 milhões de participantes ao redor do mundo. No Brasil, mais de 80 faculdades, 51 cidades de 19 estados e o Distrito Federal, vão realizar atividades para debater a futura indústria da moda, que respeita as pessoas e o planeta com trabalho justo e decente, proteção ambiental e igualdade de gênero.

Nos últimos 5 anos, a Semana Fashion Revolution se concentrou em destacar os trabalhadores da cadeia de fornecimento da moda. Vimos centenas de milhares de pessoas usarem a hashtag #QuemFezMinhasRoupas ao redor do mundo para pedir maior transparência da indústria.

Milhares de marcas compartilharam detalhes sobre as instalações e pessoas que fazem suas roupas. Milhares de trabalhadores, artesãos, fazendeiros e produtores contaram suas histórias usando a hashtag #EuFizSuasRoupas. Entretanto, o desrespeito aos direitos humanos, a desigualdade de gênero, a degradação ambiental e o consumismo desenfreado continuam sendo frequentes na indústria global da moda.

Pesquisas apontam que as peças de vestuário estão entre os itens com maior risco de serem produzidos por meio da escravidão moderna. O abuso sexual, a discriminação e a violência de gênero contra mulheres são endêmicos na indústria global de vestuário, onde as mulheres representam em média 80% da força de trabalho. O Global Slavery Index encontrou 40,3 milhões de pessoas em situação de escravidão moderna em 2016, das quais 71% são mulheres.

A produção global de têxteis emite 1,2 bilhão de toneladas de gases de efeito estufa anualmente, mais do que os vôos internacionais e os transportes marítimos juntos. Enquanto isso, todos os anos, mais de 150 milhões de árvores são derrubadas para a fabricação de viscose, geralmente de florestas antigas e ameaçadas. Produzimos 53 milhões de toneladas de fibras para a fabricação de roupas e têxteis por ano, para jogar fora ou queimar 73% dessas fibras. Uma mudança sistêmica é mais urgente do que nunca se quisermos combater as mudanças climáticas e criar um futuro mais igualitário para todos.

Durante a Semana Fashion Revolution 2019, a campanha trabalhará sobre três pilares:

Mudança cultural Sempre que compramos, usamos ou descartamos roupas, geramos uma pegada ambiental e um impacto nas pessoas que as produzem – em sua maioria, mulheres.Nós incentivamos as pessoas a reconhecerem seus próprios impactos ambientais e a agirem para mudar a cultura da moda. Queremos que todos valorizem a qualidade, ao invés da quantidade, e a dignidade no trabalho.”Queremos lembrar que a moda revolucionária é aquela que faz bem para todos: para a Terra, para quem fez e para quem usa. Lembrar que moda, representatividade e liberdade devem estar na mesma página”, diz Fernanda Simon, Diretora Executiva do Fashion Revolution Brasil.

Mudança na indústria Não podemos nos dar ao luxo de viver em um mundo onde nossas roupas destroem o meio ambiente, prejudicam ou exploram as pessoas e reforçam as desigualdades de gênero. Em outras palavras, este não é um modelo de negócios sustentável.A indústria da moda deve medir o sucesso além das vendas e lucros. Precisamos de uma indústria que valorize igualmente o crescimento financeiro, o bem-estar humano e a sustentabilidade ambiental.Nós exigimos uma indústria de moda transparente e que se responsabilize pelas suas práticas e impactos sociais e ambientais.

Mudança política Nós queremos ver a transparência e a responsabilidade social e ambiental da indústria global da moda dentro da agenda governamental de todos os países.Com os regulamentos e incentivos corretos em vigor e devidamente implementados, o governo pode incentivar uma “corrida pelo primeiro lugar”, onde cidadãos e empresas sejam solicitados, incentivados e apoiados a adotar mentalidades e práticas mais responsáveis e sustentáveis.Melhorar a forma como as roupas são produzidas, compradas, cuidadas e descartadas é responsabilidade de todos e os governos devem fazer mais para garantir que o futuro da moda seja responsável, sustentável e regenerativo por princípio.


Como participar:Pergunte às marcas da seguinte maneira:

1- Tire uma foto vestindo uma peça de roupa ou acessório

2- Poste e tagueie a marca

3- Pergunte quem fez usando as hashtags:#QuemFezMinhasRoupas #FashionRevolution
As marcas respondem quem fez, mostrando as pessoas por trás de suas produções, usando as hashtags:#EuFizSuasRoupas #FashionRevolution

Não esqueça de divulgar e sempre marcar @fash_rev_brasil

Acompanhe os eventos da Semana Fashion Revolution 2019 pelo
https://www.facebook.com/events/316346119079992/

Em Santos está rolando na UniSantos (a universidade que estudei e que amo)
https://www.facebook.com/events/1774795872622257/

CAMPUS BOQUEIRÃO

23.04 – 19h –
Oficina de Jóias Sustentáveis com Cibele Garcia da marca Lab22 (conheci recentemente e me encantei com o trabalho!)

21h – Clube de trocas com Mariane Costa (traga três peças em bom estado para trocarmos!)

CAMPUS DOM IDILIO

24.04 -19h -Bate papo com Beatriz Ferreiro e Flavia Saad
sobre Economia Circular e Impacto Social: Com os cases Bia que fez e Juicy Bazar (sou fã das duas!)

Simultaneamente vamos ter um clube de trocas rolando, para quem não conseguir ir no dia 23.

CAMPUS DOM IDILIO

25.04 – 19h – Fernanda Barroso fala sobre Consumo Consciente e Armário Inteligente

21h – Blimo – Primeiro armário compartilhado de Santos