Eu sou feminista e acredito que estamos vivendo um momento histórico no qual é importante falar sobre feminismo e sobre o feminino diariamente para evitar que a onda “neonazista”, que infelizmente assola o Brasil, consiga extinguir os direitos que mulheres, que nos antecederam, conquistaram a duras penas. Então todo momento é adequado para falar sobre a nossa luta diária, sobre nós, mulheres, nossos direitos, nossos perrengues, nossos desejos.

Cada vez que recebo um release com projetos que trazem o feminismo e as mulheres para a berlinda meu coração vibra e tenho um prazer enorme em divulgar as ações por aqui.

Nós, Madalenas – Uma palavra pelo feminismo é um projeto que tira a mulher de um local de objeto e a traz para um lugar de protagonismo e autonomia sobre nossos corpos e nossas narrativas. Com a premissa de nomear o que o feminismo significa na vida de cada uma, a série fotográfica traz mulheres de todos os corpos, idades e contextos de forma natural e artística, sem manipulação dos corpos por softwares de edição. Além disso, cada mulher traz em seu corpo a palavra escolhida estampada com batom.

Uma pequena amostra da série fotográfica ficará em cartaz no MISS – Museu da Imagem e do Som de Santos e a abertura acontece no dia 14 de setembro, a partir das 19 horas. (O MISS fica dentro do Centro Cultural Patrícia Galvão – a Pagu, jornalista, revolucionária e feminista. Sou fã de Pagu e achei o local escolhido para exposição simplesmente perfeito).

Além de questionar os padrões estéticos impostos pela mídia, o projeto clama pela representação de uma mulher humana, desconstruindo a criação de um modelo irreal e objetificado, que é constantemente consumido pela sociedade.

O projeto, idealizado e fotografado de 2013 até 2015, teve grande repercussão nas redes sociais e tornou-se um livro que, além das fotografias, trouxe um depoimento de cada uma das participantes. Assim, cada uma teve voz para compartilhar um fragmento de sua trajetória e a sua relação com a palavra escolhida.

Em 2016 a artista foi premiada pela ONU Mulheres, em Nova York, com o Prêmio Ivone Herberts, concedido pela excelência e relevância do projeto para o empoderamento feminino.

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