Uma mulher em busca de si mesma! Um ensaio de amor próprio
Atenção: antes de ler o post com o editorial abaixo lembre-se da história do Patinho Feio, conto de fadas que trata de bullying e de não ser visto como bonito por ser de uma espécie diferente. Quantas de nós não nos sentimos o verdadeiro Patinho Feio ao longo da vida? Sou apenas mais uma com este sentimento, mas aqui conto a minha história em busca de mim mesma, do amor próprio, da autoaceitação, de hoje me achar linda sim, um verdadeiro mulherão da porra!
Eu quero celebrar a transformação do Patinho Feio em Cisne e para isto fiz um ensaio fotográfico maravilhoso clicado pela fotógrafa Raquel Gomes que soube captar exatamente a mensagem que eu queria passar ao me entregar a mim mesma e deixar brotar aquele mulherão da porra que sempre esteve escondido aqui dentro deste corpitcho mignon, pequeninho. Usando frases feitas: é nos pequenos frascos que estão os melhores perfumes! Voilá!
Eu sempre me senti uma estranha no ninho, uma verdadeira ET perdida numa Terra que valoriza a beleza feminina em um padrão humanamente impossível. Uma beleza fabricada atrvés de intervenções cirúrgicas, tratamentos estéticos, maquiagem e atualmente muito photoshop e filtros.
Quem sou eu? Suzana Elias Azar, nascida em 15 de setembro de 1970, signo Virgem, ascendente Capricórnio e Lua em Peixes, prematura, sem cabelo, sem sobrancelhas, sem unhas, pesando menos que 2 quilos e medindo 51 cm (a altura poderia ter continuado neste ritmo, mas não foi o que aconteceu). A primeira filha de um casal descendente de árabes que queria ter um monte de filhos (tiveram 5 biológicos e um de criação).
Pois bem, o cabelo cresceu, mas ondulado e com muito volume – numa época que cabelo bom e bonito era liso e a menina sofreu fazendo escovas e mais escovas até resolver ter o cabelo curto como estilo próprio – cabelo curto é libertação!; a sobrancelha cresceu e apareceu no melhor estilo Frida Kahlo, mas quando a moça era jovem as sobrancelhas fininhas, tiradas com pinça dominavam o cenário. Só que Suzana não acha que vale a pena sofrer para seguir padrões de beleza impostos. Suzana odeia pinça, considera um instrumento de tortura assim como curvex e outros apetrechos utilizados para “embelezar” mulheres.
Com quatro anos, Suzana, magrela, pequeninha, começou a usar óculos – aqueles fundo de garrafa – e com tampão na vista esquerda. Quatro olhos virou seu apelido e ainda tinha a bota ortopédica e os cabelos com volume para que rapidamente virasse Patinho Feio, além da baixa resistência e imunidade que fazia com que a menina não conseguisse correr e brincar como as outras crianças. Anos sofrendo bullying. Aos 12 anos Suzana cansada de ser Patinho Feio e escutar coisas como: que dificilmente eu homem gostaria dela de verdade para um relacionamento, a garota decidiu que queria ser freira! Ainda bem que logo mudou de ideia, ao se decepcionar com as Sisters do colégio católico no qual estudava.
Casar não era exatamente o sonho da Suzana. Feminista desde cedo, Suzana sempre questionou o homem como cabeça do casal e esta vidinha organizada que toda mulher deveria seguir – desejando ou não (tem mulheres que amam e eu super respeito!) – do csar e ter filhos e cuidar da casa, do marido e dos filhos. Sonhadora, ela queria estudar e conhecer o mundo. Ela queria ser jornalista e não ter que dar satisfação da sua vida para ninguém.
A menina cresceu, se achava feia e se escondia em roupas largas, fechada, depous a jovem floresceu, se achou incrível e dá-lhe roupas justas que valorizavam o corpo esguio, depois se fechou de novo. Até que… aos 47 anos resolveu resgatar a si mesma, aquela mulher selvagem e cheia de si que ela sempr soube que habitava o corpo frágil e delicado. O Patinho Feio se transforma em Cisne!
Observação: A jovem que primeiro se amou, aos 20 anos e muitos sonhos na cabeça, por coincidência, também morava em Santos na época, assim como agora aos 47. Taí a explicação pelo meu amor incondicional pela cidade que me faz bem e a me descobrir a cada dia.
As fotos foram clicadas pela Raquel Gomes no Centro Histórico de Santos. Fotografamos com três looks diferentes para mostrar três Suzanas diferentes – Somos Mulheres de fases, temos várias de nós mesmas dentro de nós! É tão sublime ser mulher e saber que somos tantas em uma só.
O nascimento do Cisne… ou de uma mulher que se ama!
A delícia de se amar exatamente como é
Mulherão… ou dá para ser sexy sendo você mesma!
Não foi fácil escolher as imagens para o editorial – quem acompanhou a história do blog e o aniversário de um ano sabe que este post está bem atrasado para nossos tempos líquidos, mas como nada é por acaso ele chega em um momento muito especial no meu processo de autoconhecimento. Ele chega fechando um ciclo e anunciando um novo tempo, uma nova Suzana que em breve surgirá das cinzas!!!
Gratidão Raquel Gomes pelas fotos maravilhosas e pela empatia. Gratidão a todos aqueles que me acompanham por aqui e torcem pelo sucesso do Suzanices e o meu sucesso pessoal.
Espero que tenham gostado do resultado do editorial. Deixem os comentários de vocês. E quem quiser saber mais sobre o fantástico trabalho da Raquel Gomes entra na página https://www.facebook.com/raquelgomesfotografia/
E a minha dica para todas as mulheres -independente da idade – invistam em um ensaio fotográfico. Se permitam, a entrega e a descoberta de si mesma é um caminho lindo e sem volta, deixem floresceer a Mulher Maravilha que habita dentro de ti. Somos todas mulheres-maravilha! Todas lindas e plenas. Somos mulheres, somos muitas em uma e somos tudo aquilo que desejarmos ser. E aproveitando já deixo aqui a minha homenagem para o Dia da Mulher! Nós, mulheres, merecemos todos os dias do ano, somos fortes, somos foda, fodásticas, somos aquelas que fazem o mundo girar e as coisas acontecerem!
Adorei o ensaio, o texto, tudo… Adoro você!!! És uma mulher guerreira e poderosa mesmo!!!
Obrigada amigo!
Que texto lindo e empoderador <3
obrigada! Juntas somos mais fortes. Sororidade é tudo de bom. bjs