Mostra Mundo Árabe de Cinema convida a refletir sobre deslocamentos urbanos
Começou hoje, 09 de agosto, a 12ª Mostra Mundo Árabe de Cinema e apesar de eu ser a “turquinha” ou “brima” mais fajuta da face da Terra tenho que escrever algo e não é pela minha ascendência sírio-libanesa, mas por acreditar em um mundo sem fronteiras e onde existe harmonia e convivência pacífica entre todos os povos. Talvez uma das únicas coisas que goste do Brasil – que ando bem cansada e desgostosa, mas sempre existe algo positivo – é o fato que pelo por aqui as colônias de imigrantes convivem ou conviviam pacificamente (não quero lembrar do recente episódio acontecido no Rio, se não me engano, contra refugiados).
Um concerto de música árabe e ibérica inédito no Brasil e uma programação de 11 filmes compõem a 12ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, que acontece até 16 de agosto no Cinesesc, em São Paulo.
Com realização do Instituto da Cultura Árabe – ICArabe e do Sesc-SP – Serviço Social do Comércio e copatrocínio da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, a edição deste ano traz como tema principal “Os territórios que nos atravessam”.
“Os filmes tratam do deslocamento de pessoas, assim como da reconstrução de um sentido de lugar, das dúvidas que assolam aqueles que decidem, ou são forçados, a sair. Qual o momento decisivo para aqueles que deixam suas casas? Como esta decisão é tomada? Qual a perspectiva temporal, qual a ideia de futuro para aqueles que são proibidos de retornarem às suas casas? Imagem e som são formas de permanência, de perpetuação de narrativas daqueles que migram ou que estão sujeitos ao exílio e o refúgio. Neste sentido, a Mostra trará também filmes que são registros de momentos históricos importantes, particularmente para aqueles, como os palestinos, cujos arquivos são objeto de um duplo apagamento, material e simbólico”, ressalta o curador da Mostra, Geraldo Adriano Campos.
Entre os destaques, está o filme de abertura, o libanês “Para onde ir?” (Ila Ayn/1957), de Georges Nasser, que trata da migração de um pai de uma família libanesa – de um pequeno povoado do país – ao Brasil. O filme, que completa 60 anos, é uma das obras mais especiais da edição deste ano, não só por narrar a história das famílias de milhões de brasileiros, mas também por ter sido um marco na cinematografia árabe (primeiro filme libanês exibido em Cannes) que foi restaurado digitalmente em uma cópia de excepcional qualidade.
Na sessão “Cinema Palestino”, “Fora do Quadro: Revolução até a Vitória” aborda a história e o desenvolvimento do cinema militante no Oriente Médio. O produtor Rami Nihawi, será o convidado especial da Mostra e participará de encontros com o público.
Além disso, pela primeira vez no Brasil será exibido um filme de Comores (“Cinzas de Sonhos”), uma parte do mundo árabe desconhecida no Brasil, mas que apresenta conexões diretas com as matrizes africanas de nossa cultura.
Música árabe e ibérica
O tema da Mostra também é a ideia central no projeto Al Mutamid, que apresentará na Sala São Paulo, no dia 12 de agosto, o espetáculo Al-Mu’tamid, poeta rei do Al-Andalus (1040/1095) – Uma Viagem por dez séculos de música e interculturalidade, uma realização da Fundação Osesp, do ICArabe e da Câmara Árabe. Inédito no Brasil, o espetáculo apresentará a música e a poesia do século XI, seguindo a rota do rei-poeta Al Mut’amid no norte da África e Andaluzia.
Um conjunto de músicos e intérpretes cantam os poemas do Rei Al Mut’Amid nas línguas dos três países herdeiros do legado andalusino: Filipe Raposo, Janita Salomé e Quiné Teles de Portugal; Eduardo Paniagua e Cezar Carazo de Espanha; El Arabi Serghini e Jamal Ben Allal de Marrocos. O concerto é acompanhado pela projeção de imagens que documentam a viagem pelo território da sua vida, testemunhando e atualizando todo o imaginário de uma relação territorial e cultural secular.
Participar da realização desse espetáculo tem um valor especial para a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. Este ano, a entidade está comemorando 65 anos de atuação no Brasil e a realização deste concerto, que já foi apresentado em algumas das principais salas de espetáculo da Europa e do mundo árabe, engrandece o calendário de comemorações pela data.
“Estamos, uma vez mais, cumprindo o papel de integrar as culturas árabe e brasileira, oferecendo uma mensagem de coexistência entre diferentes povos e culturas por intermédio da arte”, comenta a diretora de Cultura da Câmara Árabe, Silvia Antibas. Ela acrescenta ainda que o espetáculo mostra um dos caminhos da influência da música árabe na formação da música brasileira, através dos sons e tons ibéricos e mediterrâneos.
“Trata-se de um espetáculo que diz muito da nossa história, do Brasil e de São Paulo, de hoje e do passado”, diz o diretor executivo da Fundação Osesp, Marcelo Lopes. “A Sala São Paulo abre suas portas para um concerto inédito, com raízes árabes e ibéricas, potencializando o motivo condutor da Temporada Osesp 2017, Mundo Maior, procuramos apresentar e explorar manifestações artísticas que abraçam e expandem, que dialogam com as diversas culturas, que nos formam como povo e transformam a nossa cosmovisão” explica Lopes.
Para acompanhar as novidades da Mostra, acesse:
Página do Facebook: https://www.facebook.com/Mostra-Mundo-%C3%81rabe-de-Cinema-329005973932264/?fref=ts
http://www.mundoarabe2017.icarabe.org/
FILMES:
Sessão: “Territórios que nos atravessam”
Uma reflexão sobre a territorialidade, em um contexto de crescente desesperança global, com a proliferação de migrantes e refugiados, esta sessão permite vislumbrar alguns dos temas que marcam nosso tempo, como a mobilidade humana, a questão urbana, questões de gênero e religiosidades.
Assombrados
Síria e Alemanha / 2014 / 117 minutos
Gênero: Documentário
Direção: Liwaa Yazji
Idioma: Árabe
Sinopse: Quando bombas são detonadas, as pessoas escapam deixando para trás não só suas casas, mas também incontáveis memórias. O filme é um retrato do exílio, que registra experiências de desterro e profunda insegurança em meio à guerra civil na Síria. O documentário mostra o que representa um lar na vida de uma pessoa através de conversas via Skype e visitas dos donos às suas antigas – e destruídas – casas. Inédito no Brasil.
Sobre a diretora: Formada em teatro, Liwaa Yazji é uma atriz e diretora síria. Além de Haunted (2014), que foi seu primeiro documentário, Yazji foi roteirista da série The Brothers (2013) e assistiu Allyth Hajjo na direção do filme Windows of the Soul (2011).
Exibições:
12 de agosto (sábado) às 21h00;
16 de agosto (quarta-feira) às 19h00;
Heranças
Líbano, Emirados Árabes Unidos, França, Alemanha e Suíça/ 2013/ 96 minutos
Gênero: Documentário
Direção: Philippe Aractingi
Idioma: Árabe
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=WSGpAqDP8Ik
Sinopse: Ao deixar o Líbano em 2006, o diretor Philippe Aractingi percebe que, assim como ele, seus ancestrais passaram o tempo fugindo de guerras e massacres por cinco gerações. A partir disso ele constrói uma obra delicada, utilizando-se de fotos, vídeos, arquivos familiares, de seus próprios filhos, que interagem sutilmente conforme ele conta a história de sua família em suas viagens pela região do Levante. Um filme sobre exílio, memória e transmissão. Inédito no Brasil.
Sobre o diretor: Philippe Aractingi é um diretor libanês autodidata conhecido por seus documentários e curtas-metragens. Depois de criar a Fantascope, sua própria produtora, em Beirut, os principais lançamentos de Aractingi incluem a comédia musical Bosta (2005), o longa Under the Bombs (2007) e o documentário autobiográfico Heritages (2013).
Exibições:
16 de agosto (quarta-feira) às 21h00;
Cinzas de Sonhos
Comores, França e Bélgica/ 2011 / 88 minutos
Gênero: Documentário, Drama
Direção: Hachimiya Ahamada
Idioma: Françês e suaíli
Sinopse: Em uma ilha no Oceano Índico, o arquipélago de Comores, uma parte pouco conhecida do mundo árabe, casas desocupadas aguardam a chegada de seus proprietários. Estes lugares sem almas e em construção ocupam toda a paisagem. O mito do eterno retorno é repetido na diáspora comoriana. Inédito no Brasil, o filme é o primeiro filme de Comores exibido em territorio nacional.
Sobre a diretora: Hachimiya Ahamada é uma diretora nascida em Comores. Seus trabalhos centram-se em sua terra natal, abordando questões relacionadas à identidade e memória. Além de Cinzas de Sonhos, Ahamada dirigiu o drama The Ylang Ylang Residence (2008), coproduzido pela Aurora Films, em Paris, que lhe rendeu vários prêmios.
Exibições:
12 de agosto (sábado) às 19h00;
15 de agosto (terça-feira) às 21h00;
My Sweet Pepper Land
Iraque, França e Alemanha / 2013 / 100 minutos
Gênero: Drama
Direção: Hiner Saleem
Idioma: Curdo, árabe e turco
Trailer: http://www.imdb.com/title/tt2875926/
Elenco: Golshifteh Farahani, Korkmaz Arslan, Suat Usta, Mir Murad Bedirxan, Fayyaz Doman, Tarik Akreyi
Sinopse: Após a queda de Saddam Hussein, um antigo herói de guerra curdo aceita se transferir para uma remota vila nas fronteiras do Iraque, Irã e Turquia, onde se torna policial. Nessa cidade, que é dominada pelo tráfico, ele entra em conflito com o chefe da tribo local, mas logo se relaciona com uma professora também recém-chegada que lhe oferece ajuda.
Sobre o diretor: Hiner Saleem, nascido no Curdistão iraquiano, é conhecido por documentar a vida de seus conterrâneos através de filmes. Entre suas obras destacam-se Vive La Marie…Et La Liberation du Kurdistan (1998) e Vodka Lemon (2003), que lhe conferiu o Leão de Prata no Festival de Cinema de Veneza daquele ano.
Exibições:
10 de agosto (quinta-feira) às 21h00;
Yamo
Líbano e Emirados Árabes Unidos / 2011 / 70 minutos
Gênero: Documentário
Direção e roteiro: Rami Nihawi
Idioma: Árabe
Trailer: www.youtube.com/watch?v=ihHY8ZU3M8U
Sinopse: Um retrato da Guerra Civil do Líbano e seus efeitos psicológicos na memória coletiva do país e no cotidiano das pessoas que sofreram com suas terríveis consequências. Inédito no Brasil.
Sobre o diretor: Rami Nihawi é um diretor, ator e editor libanês que já trabalhou com cinema e teatro. Formado pelo Instituto de Belas Artes, na Universidade do Líbano, em atuação e direção, Nihawi apresenta em sua filmografia obras como Yamo (2011), Damascus, My First Kiss (2012) e Still Burning (2016).
Exibições:
10 de agosto (quinta-feira) às 19h00;
13 de agosto (domingo) às 19h00;
Sessão: “Clássicos do Cinema Árabe”:
الأفلام الكلاسيكية للسينماEsta sessão prestará homenagem a grandes diretores dos países árabes exibindo filmes raros e inéditos no Brasil. Para 2017, a Curadoria selecionou o filme “Ila Ayn”, primeiro filme libanês exibido no Festival de Cannes, em 1957, do cineasta George Nasser, que este ano completa 90 anos. Trata-se da primeira obra cinematográfica a tratar da imigração libanesa para o Brasil;
Para Onde Ir?
Líbano | 1957 | 90 min
Gênero: Drama
Direção: Georges Nasser
Idioma: Árabe
Elenco: Nazhar Younes Mounir Nader Chakib Khoury
Trailer: www.youtube.com/watch?v=ATHykH4mgLg
Sinopse: Um dos primeiros clássicos do cinema do Líbano, trata da história de um homem que abandona sua família para viajar ao Brasil. Ele retorna vinte anos depois, porém ninguém mais o reconhece. Inédito no Brasil.
Sobre o diretor: o diretor libanês Georges Nasser, que estudou cinema na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, completa 90 anos em 2017. Depois de se formar, retornou ao Líbano com o propósito de produzir filmes e iniciar uma indústria cinematográfica local. Seu longa Ila Ayn (1957), que completa 60 anos em 2017, foi o primeiro representante libanês a concorrer no Festival de Cannes.
Exibições:
9 de agosto (quarta-feira) às 20h30;
13 de agosto (domingo) às 21h00;
“Panorama Mundo Árabe”
Um recorte da produção cinematográfica atual dos países árabes (incluindo filmes de destaques dos principais festivais internacionais de cinema).
Não Alimente seu Cão
Marrocos / 2015 / 94 minutos
Gênero: Ficção
Direção: Hicham Lasri
Idioma: Árabe, françês
Elenco: Latefa Ahrrare, Jirari Ben Aissa, Fedh Benchemsi, Jalila Temsi, Adil Abatorab, Salma Eddlimi
Sinopse: No último dia do Ramadã, uma equipe improvisada de técnicos se encontra em um desgastado estúdio de televisão de Marrocos para filmar aquilo que sua Diretora, Rita, promete que será a entrevista de suas vidas, com o temido Ministro do Interior do regime do terror do passado, Driss Basri. O político promete revela os segredos da Monarquia exclusivamente para a jornalista, mas as divisões na equipe ameaçam a realização da entrevista. O filme é a segunda parte da trilogia que teve início com “São eles os cães” (exibido na 10a Mostra Mundo Árabe de Cinema) e “O mar de outrora” (exibido na 11a Mostra Mundo Árabe de Cinema). Inédito no Brasil.
Sobre o diretor: Hicham Lasri é um diretor marroquino cujo primeiro filme foi o premiado The End (2011). Depois de estudar Direito, ele se lançou na carreira artística como escritor, dramaturgo e cenógrafo até ser descoberto pela Ali’n Productions. Lasri faz parte de uma nova geração de cineastas marroquinos que buscam retratar o Marrocos atual.
Exibições:
15 de agosto (terça-feira) às 19h00;
Sessão “Diálogos Árabe-Latinos”:
Produções latino-americanas voltadas para o mundo árabe e vice-versa. Trata-se de um universo crescente de produções cinematográficas e é um dos grandes diferenciais da Mostra Mundo Árabe, que se propõe justamente a fomentar o diálogo entre realizadores árabes e brasileiros.
Sanaúd: Voltaremos
Brasil / 1980/ 30 minutos
Gênero: Curta (documentário)
Direção: José Antonio de Barros Freire
Fotografia: Jorge Bouquet
Idioma: Árabe e português
Sinopse: Em abril de 1980, uma delegação brasileira – com membros da Comissão de Justiça e Paz, deputados, jornalistas, líderes sindicais, historiadores, representantes da UNE e da comunidade negra – viajou para o Oriente Médio. No Líbano, os brasileiros foram recebidos por Yasser Arafat, e conheceram de perto o drama do povo palestino, que expulso de sua terra, luta hoje pela justiça e pela paz. Este documento foi produzido por uma equipe de cinema independente, nos campos de refugiados palestinos da Síria e do Líbano.
Sobre o diretor:
José Antônio de Barros Freire é publicitário, fotógrafo, documentarista e ator. Na década de 70 se notabilizou por filmar e fotografar guerras civis em países do Oriente Médio, África e América Latina. Em 1983, Barrinhos, como é conhecido, foi convidado para interpretar um personagem de uma vinheta da Rede Globo e na pele de “Arakém, o showman”, tornou-se conhecido nacionalmente pelas vinhetas da Copa do Mundo de 1986. Hoje é dono de uma produtora de comerciais, vídeos institucionais e programas de televisão.
Exibições:
11 de agosto (sexta-feira) às 21h00;
14 de agosto (segunda-feira) às 19h00;
Sessão “Cinema Palestino”
Um recorte de produções clássicas e atuais de uma das mais ricas cinematografias do mundo árabe, que busca refletir questões sociais e geopolíticas essenciais a partir de olhares que desenham subjetividades sensíveis e abertas à pluralidade de perspectivas de um povo que vive sob ocupação.
Fora do Quadro: Revolução até a vitória
França, Palestina, Líbano e Catar / 2016 / 62 minutos
Gênero: Documentário
Direção: Mohanad Yaqubi
Idioma: Árabe, inglês, françês e italiano
Trailer: https://dubaifilmfest.com/en/films/31985/off_frame_aka_revolution_until_victory.html
Elenco: Sulafa Jadallah, Hani Jawharieh, Mustafa Abu Ali
Sinopse: Off Frame lida com a história e o desenvolvimento do cinema militante no Oriente Médio. O filme investiga os motivos e as circunstâncias por trás deste gênero e questiona seu fim dramático em 1982. Ao ressuscitar uma memória esquecida de luta, reanima o que está dentro do quadro, mas também tece uma reflexão crítica procurando o que está fora dele. O filme é construído a partir de uma seleção de materiais inéditos de arquivos do período revolucionário do cinema palestino. Inédito no Brasil.
Sobre o diretor: Mohanad Yaqubi é um cineasta, produtor e um dos fundadores da Idioms Film, baseada em Ramallah, Palestina. Ele também leciona sobre cinema na Academia Internacional de Arte da Palestina e é um dos fundadores do coletivo de pesquisa e curadoria Subversive Films, que se concentra nas práticas de cinema militante.
Exibições:
11 de agosto (sexta-feira) às 21h00;
14 de agosto (segunda-feira) às 19h00;
3.000 Noites
Jordânia, Líbano e França / 2015 / 103 minutos
Gênero: Drama
Direção e roteiro: Mai Masri
Idioma: Árabe e hebraico
Trailer: www.youtube.com/watch?v=tbKDxsvuhNg
Elenco: Maisa Abd Elhadi, Nadira Omran, Rakeen Saad, Raida Adon, Abeer Zeibak Haddad.
Sinopse: Layla, uma jovem professora palestina é levada à cadeia após ser acusada falsamente e condenada a 8 anos de prisão. Ela é transferida para um presídio feminino de segurança máxima em Israel onde se depara com um ambiente aterrorizante no qual presos políticos palestinos dividem a cela com os presos israelenses. Quando ela descobre que está grávida, o diretor da prisão a pressiona para abortar. Mesmo assim, ela dá à luz ao seu filho e luta para protegê-lo e educá-lo dentro da prisão. Quando as condições da cadeia se deterioram, os presos palestinos decidem se rebelar e o diretor ameaça levar seu filho. Em um momento de verdade Layla é forçada a fazer escolhas que vão mudar sua vida para sempre. Inédito no Brasil.
Sobre a diretora: Mai Masri é uma cineasta palestina que coleciona mais de 60 prêmios internacionais e teve seus filmes reproduzidos em mais de 100 canais ao redor do mundo. Em 1995, Masri fundou a Nour Productions em parceria com seu marido, Jean Chamoun. Além de 3000 Nights, a filmografia da diretora inclui 33 Days (2007), Beirut Diaries (2006) e Children of fire (1990).
Exibições:
11 de agosto (sexta-feira) às 19h00;
O Sonho
Síria/ 1987/ 44 minutos
Gênero: Documentário
Direção: Mohammad Malas
Idioma: Árabe
Sinopse: Filmado dois anos antes dos massacres de 1982, O Sonho traça uma série de entrevistas com refugiados palestinos dos campos de Sabra, Shatila, Bourj el-Barajneh, Ain al-Hilweh e Rashidieh no Líbano. Durante as entrevistas, o diretor pergunta sobre os sonhos que as pessoas têm durante a noite. Os sonhos sempre convergem para a Palestina.
Durante a filmagem, Mohamad Malas morava nos campos, onde realizou entrevistas com mais de 400 pessoas. Em 1982, com os massacres de Sabra e Shatila, que tirou a vida de várias pessoas entrevistadas, ele parou de trabalhar no projeto. Em 1986, Malas voltou ao seu projeto e editou as filmagens para este filme. Inédito no Brasil.
Sobre o diretor: Mohamad Malas nasceu em 1945 nas Colinas de Golã. Ele cresceu sob a impressão de muitas guerras e conflitos na região, o que viria a desempenhar um papel central em seu trabalho. Ele trabalhou por muitos anos como professor em Damasco enquanto estudava na Faculdade de Filosofia e depois estudou cinema no Instituto Estadual de Cinematografia da Rússia (VGIK). Malas foi aclamado internacionalmente por seus filmes e documentários, tendo recebido vários prêmios em festivais de cinema ao redor do mundo. Entre seus filmes mais importantes estão: Dreams of the City (1983), The Night (1992) e Passion (2005).
Exibições:
14 de agosto (segunda-feira) às 21h30;
PROGRAMAÇÃO
9 de agosto
Quarta-feira
20h30: Cerimônia de abertura da 12a Mostra Mundo Árabe de Cinema e exibição do filme de abertura “Para Onde Ir?”
Entrada gratuita
Retirada de ingressos com 1 hora de antecedência
Sujeito à disponibilidade
10 de agosto
Quinta-feira
19h00: Yamo
20h30: Cinema da Vela com o diretor Rami Nihawi
21h00: My Sweet Pepper Land
11 de agosto
Sexta-feira
19h00: 3000 Noites
21h00: Fora do Quadro: Revolução até a Vitória + Sanaúd: Voltaremos
12 de agosto
Sábado
19h00: Cinzas de Sonhos
21h00: Assombrados
Concerto
22h00: Al-Mu’tamid, poeta Rei do Al-Andalus – Uma viagem por dez séculos de música
Sala São Paulo
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) | R$ 15,00 (meia) à venda na Bilheteria da Sala São Paulo ou pelos demais canais da Ingresso Rápido – (11) 4003-1212 ou www.ingressorapido.com.br
13 de agosto
Domingo
19h00: Yamo
21h00: Para Onde Ir?
14 de agosto
Segunda-feira
19h00: Fora do Quadro: Revolução até a Vitória + Sanaúd: Voltaremos
Participação do produtor do filme Rami Nihawi e de convidados brasileiros que participaram do filme Sanaúd: Voltaremos
21h30: O Sonho
15 de agosto
Terça-feira
19h00: Não Alimente seu Cão
21h00: Cinzas de Sonhos
16 de agosto
Quarta-feira
19h00: Assombrados
21h00: Heranças
Serviço:
12ª Mostra Mundo Árabe de Cinema de 2017
De 9 a 16 de agosto de 2017
Local: Cinesesc – Rua Augusta, 2075, Cerqueira César São Paulo | CEP: 01413-000 | telefone: (11) 3087-0500 – [email protected]
Ingressos: inteira: R$ 12,00; meia entrada: R$ 6,00; credencial SESC: R$3,50
Formas de pagamento: dinheiro, cartões de crédito e débito.
Acessibilidade para cadeirantes e obesos.
Capacidade: 244 lugares
Espetáculo Al-Mu’tamid, poeta rei do Al-Andalus (1040/1095) – Uma Viagem por dez séculos de música e Dia 12 de agosto de 2017, às 22h
Local: Sala São Paulo
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) | R$ 15,00 (meia) à venda na Bilheteria da Sala São Paulo ou pelos demais canais da Ingresso Rápido – (11) 4003-1212 ou www.ingressorapido.com.br
https://ingressorapido.com.br/compra/?id=59275#!/tickets
Realização da Mostra:
ICArabe – Instituto da Cultura Árabe
Sesc-SP – Serviço Social do Comércio
Copatrocínio:
Câmara de Comércio Árabe-Brasileira
Apoio cultural:
Instituto Francês
Cátedra Edward Said (UNIFESP)
MEC Films
Fundação Osesp
Sala São Paulo
Realização do espetáculo Al Mutamid:
Sala São Paulo
Fundação Osesp
Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo
MinC/Governo Federal
Correalização:
Câmara de Comércio ÁrabeBrasileira
ICArabe – Instituto da Cultura Árabe
Financiamento:
DGArts/Ministério da Cultura de Portugal
Produção:
Transiberia
Ofá16 Produções
Apoio:
Siroco Tours
Curadoria: Geraldo Adriano Campos