Apps de relacionamento: uma experiência real

Apps de relacionamento: uma experiência real

Você já pensou em entrar em um app de relacionamento para encontrar um par, o Mr. Right ou a Mulher dos seus Sonhos?

Confesso que sempre tive os dois pés atrás com sites e aplicativos de paquera ou relacionamento. Na época que o Tinder surgiu até me inscrevi alguns meses depois para ver como era e em 15 dias já tinha odiado e saído. Cheguei a conversar com dois caras na época e marcar encontro com um deles, mas tomei um bolo do cara. Isso foi tipo 2013 se não me engano.

Já ouvi muitas histórias de casais que se conheceram em sites de relacionamento e apps de paquera, incluindo o Tinder, mas nunca achei que tivesse perfil para buscar um relacionamento usando a tecnologia. Sou muito na minha, segundo minha família eu sou lerda demais no quesito relacionamento afetivo (até minhas sobrinhas adolescentes, de 14 e 13 anos, me chamam de lerda), mas a real é que sempre acreditei no deixar rolar as coisas naturalmente. Da mesma forma detesto apresentações feitas por familiares ou amigos. Eu travo e passo uma impressão totalmente equivocada para a outra pessoa. Não consigo ser natural, como geralmente sou. E sempre acho que familiares e amigos que tentam me apresentar crushs em potencial nunca selecionam pessoas pensando no que eu gosto ou não, geralmente, a Suzana é gente fina, o Fulano também, ah, quem sabe role algo. Até hoje, nunca rolou!

Sou muito bem-resolvida com minha solteirice e inclusive afirmo: eu escolhi ser solteira. Já tive situações que poderia ter dado sequência e até casado com alguém, mas fiz outras escolhas e sei que tomei as decisões certas. Eu amo a minha companhia, eu não acho que seja mulher por não ter um marido, namorido, ficante ou qualquer outro termo, pelo contrário, eu valorizo muito o fato de não precisar ter um homem ao meu lado para me sentir uma mulher realizada e/ou completa.

Tudo isto, para explicar que não entrei nos aplicativos por desespero de causa, querendo encontrar um par de qualquer forma. Eu assino embaixo da frase: Antes só do que mal acompanhada!

Acredito no amor, nos relacionamentos, sei que ter alguém bacana ao lado pode ser incrível, mas tenho uma forma especial de ver a questão relacionamentos: se for para ter alguém do meu lado tem que valer muito a pena porque minha vida de solteira é maravilhosa e para abrir mão dela tenho que acreditar que ficará ainda mais plena. Lógico que sei que relacionamentos possuem altos e baixos e que nem tudo são flores, mas a questão é: até que ponto estou disposta a ceder em prol do outro e do relacionamento? Até que ponto mesmo com os problemas que surgem estou apostando e me dedicando para que a relação dê certo.

Este ano de 2018 coloquei os relacionamentos na minha listinha de prioridades – estou fazendo coaching de relacionamento com uma profissional incrível que é a Virginia Gaia – e neste processo surgiu a dica da Virginia para que entrasse nos apps. A princípio eu resisti muito, mas depois pensei bem, li matérias sobre o assunto e pensei porque não experimentar e de repente transformar a experiência em conteúdo para o Suzanices.

Então, no início de janeiro, me cadastrei em alguns sites como Match e Be2 e alguns apps como Happn (aquele que localiza pessoas que cruzaram seu caminho) e Adote um Cara (as mulheres colocam os caras no carrinho de compras). Percebam que não me cadastrei no Par Perfeito (provavelmente o mais famoso no Brasil) e nem no Tinder; quis sair dos mais óbvios e testar outras alternativas.

Acredito que no momento esteja entrando em uma segunda fase do experimento social que me propus a fazer, por isto, resolvi compartilhar um pouco da minha experiência até aqui.

A experiência

Gentche, eu estou encantada com o Adote um Cara e com o Happn, os dois que mais tenho usado. Me divirto horrores diariamente.

A primeira lição: não basta se cadastrar, fazer um perfil básico, com uma ou duas fotos e deixar pra lá, não entrar diariamente. É preciso dedicar todo dia um tempinho para os apps, olhar os perfis, curtir o que gostar e mandar mensagens.

Segunda lição: Bom humor é fundamental! Um perfil bacana e que atraia os outros além de boas fotos conta com bom humor na descrição e nos objetivos da pessoa no aplicativo.

Terceira lição: Converse com muitos ao mesmo tempo, pois as vezes aquele que você está tendo papos bacanas e apostando que role algo de repente desaparece e muitas vezes não é porque você falou algo errado. Muitas vezes o cara estava falando com várias também e rolou algo com alguém e aí eles somem!

Quarta lição: Se curtiu um perfil e acha que vale a penna iniciar a conversa, faça isto! Não fique esperando o cara te escrever. Se não tiver resposta, ok, segue o baile. Bora falar com outro.

Adote um Cara

Estou adorando este aplicativo por algumas razões: nome, proposta – somos nós mulheres que escolhemos e colocamos os caras no carrinho, visual, facilidade de navegação e até agora não senti falta de ter que fazer um plano pago (na verdade nem sei se no Adote um Cara existe plano pago).

Desenvolvi a minha própria técnica para usar o Adote um Cara. Ao invés de ficar buscando perfis de homens de acordo com as divisões do app (barbudos, tatuados, Black Power, Mauricinhos, etc) eu prefiro verificar os perfis daqueles que já entraram na minha página. O Adote um Cara avisa quando alguém visualiza o seu perfil.

Eu me divirto com as classificações do app. Por exemplo: relação pretendida – estagiário (ver no que vai dar); free lancer (pega, mas não apega) e carteira assinada (relacionamento sério). Comecei conversando com vários caras do Adote um Cara, mas não conheci nenhum deles ainda e alguns não rolou mais conversa, e a falta de papo foi sem nenhum motivo específico.

Como sou uma pessoa eclética e que não tem um perfil fechado de um homem que me chame a atenção estou conhecendo e trocando ideias com estilos bem diferentes. A maior constatação: geralmente quem visita meu perfil é mais jovem que eu. Na vida offline também rola muito isto, por um bom tempo meu apelido entre minhas irmãs e amigas era papa feto. Aí criei meu próprio critério: tento falar apenas com aqueles com mais de 30 anos, os de 20 ou 2o e poucos são novos demais para mim que tenho 47. Mesmo assim estou falando com um de 25 e um de 28 porque achei os perfis interessantes e as conversas estão fluindo.

Happn

É muito divertido entrar no app e ver quem você cruzou na rua. Muitas vezes a gente cruza a mesma pessoa todos os dias e nem repara. No app você vê que se cruzaram x vezes e de repente até acha o cara atraente (e me pergunto: como não reparei no cara na rua?). Grande lição: olhe para os lados na rua!

O aplicativo gratuito não oferece todas as opções, mas por enquanto está sendo legal e não posso reclamar. Conversei com alguns caras pelo aplicativo e sim, já conheci um deles pessoalmente (mas isto é outra história que não terá registro no blog, rsrs).

Match

Uso pouco, acho mais complicado que os outros e o site quer que você assine algum pacote então o que você consegue fazer na área gratuita é bem restrito. Recebi algumas mensagens lá e estou conversando com um cara que me abordou por lá. Neste app tem uns caras mais velhos olhando meu perfil do que nos outros.

O que aprendi até o momento com os apps?

A maior lição de todas: esteja aberta para possibilidades!

Aprenda a olhar em volta

Mande mensagens bem-humoradas

A maior visitação nos perfis acontece durante a semana pós-expediente depois vem o sábado pela manhã/início de tarde

Saiba conversar sobre todos os assuntos

Escreva um perfil divertido e que expresse bem quem você é e o que espera encontrar por lá

Coloque mais de uma foto e claro coloque seus melhores closes (geralmente é a foto que faz alguém entrar no seu perfil)

Não demonstre que está desesperadx por um relacionamento

Conversar via app ajuda você a se soltar mais na rua também. Inclusive passei a receber cantadas (não assédio, mas cantada mesmo), coisa que não rolava faz tempo.

Não sei se engatarei algum reacionamento através dos apps, mas a diversão esté sendo demais e está me ajudando muito no processo de resgatar uma versão da Suzana que andava meio esquecida, abandonada mesmo. Encarar a vida e os relacionamentos de forma mais leve e bem-humorada está me tornando uma pessoa melhor.

Se você conheceu seu par em algum site ou app e deseja contar sua história me escreva no [email protected]