Eth&Co: plataforma de moda slow para valorizar o design brasileiro

Eth&Co: plataforma de moda slow para valorizar o design brasileiro

Quem acompanha o Suzanices já sabe que eu amo falar em moda sustentável, consumo consciente, economia criativa, então não podia deixar de falar do primeiro marketplace brasileiro dedicado exclusivamente ao slow design, com marcas de moda e decoração que desenvolvem produtos dentro dos conceitos de design sustentável, consumo consciente e produção ética. Eu amei o nome Eth&Co que deriva de ética(o). Eu amo falar sobre ética, principalmente num mundo tão conturbado e veloz que costuma confundir ética com moral (mas isto é história para um outro post).

Levar a moda slow e sustentável aos mais diversos cantos do país e valorizar designers brasileiros: é o propósito da Eth&Co, e-commerce desenhado com a inspiração e os sonhos das empreendedoras Bruna Daros, Priscila Bajon e Bruna Zampollo. Com formação em Moda, elas decidiram investir em um projeto para romper com a lógica tradicional da indústria da moda e trabalhar com significado e ética.

“Nosso objetivo é divulgar o slow sem ser eco-chatas com uma plataforma que apresente este universo e destaque makers brasileiros”, conta Bruna Doros, que é responsável pela área de marketing.

Os projetos são exibidos com fotos de alta qualidade e conteúdo caprichado que explica o conceito por trás dos produtos: tudo para valorizar quem faz. Hoje a plataforma é vitrine para quase 20 artistas, designers e estilistas de diversas cidades brasileiras, não apenas do eixo Rio-São Paulo.

“Fazemos estudo muito cuidadoso para encontrar marcas que representem a moda slow. Além de selecionar os projetos, realizamos também curadoria de quais dos produtos deles serão exibidos na plataforma”, diz Priscila Bajon, que cuida da área comercial na empresa. Segundo ela, o plano é fechar 2017 com o trabalho de 25 projetos autorais à venda na plataforma.

Cada iniciativa apresentada ali se encaixa em ao menos uma das nove categorias em que o site está dividido (feito à mão, sustentável, ético, produção local, upcycling, sem gênero, vegano, atemporal e autoral). A ideia é garantir que o cliente encontre o que procura com facilidade e saiba exatamente qual iniciativa ele apoia ao comprar uma peça.

O negócio desbrava um terreno paradoxal ao ser um e-commerce que foca em moda slow e, portanto, foge de incentivos ao consumismo impensado. “Nossa meta é que as pessoas comprem com consciência acima de tudo. Por isso oferecemos tanto conteúdo e não fazemos marketing agressivo com promoções no site todo, por exemplo. Os eventuais descontos são muito pontuais, para uma ou outra marca”, destaca Bruna Doros. A loja também não trabalha com o conceito de coleções. Tudo que está no ar é perene, feito para durar e vestir os mais diversos corpos e almas.

Eu acho o máximo isto. Peças perenes, atemporais, que duram. Como sou uma pessoa que muda pouco de peso costumo usar minhas roupas por anos a fio. Tenho peças com mais de 20 anos de uso. Sempre preferi comprar qualidade ao invés de quantidade e investir em peças clássicas e atemporais com algumas mais da “moda” de tal estação. As minhas roupas contam histórias sobre mim (algumas alegres, divertidas, outras nem tanto, mas isto também é assunto para outro post).

SE NÃO EXISTE RESPOSTA PRONTA, CRIE UMA

A Eth&Co é um exemplo de como o desconforto pode ser um alimento às boas ideias. Ao trabalhar por algum tempo na indústria da moda e entender que aquela lógica não funcionaria para elas, o trio de empreendedoras precisou construir uma alternativa, criar um trabalho que as representasse. “Como não existia uma resposta pronta, o melhor caminho para nós foi cria-la”, diz Bruna Zampollo, que cuida da área financeira na empresa. “Nos aventuramos em um projeto novo, em um mercado que não dominamos porque queríamos algo que tivesse a ver com a nossa vida pessoal, com o que acreditamos e defendemos”, conta Doros. Nesta busca, começaram a desenhar a ideia ainda na primeira metade de 2016.

Enquanto o mercado de feiras de artesãos efervescia em São Paulo e no Rio de Janeiro, as três perceberam cenário bem diferente em outras cidades.

“Nasci no interior de São Paulo e lá é muito difícil ter acesso a estas novas marcas, à moda slow”, conta Doros. Pensaram então em criar essa ponte, já que o caminho também era desafiador para os makers. “Os designers enfrentam dificuldade para vender em outras praças. Eles querem focar na marca, não em gerenciar um e-commerce”, diz Priscila, lembrando que ficava claro ali que a vontade de criar um negócio para melhorar o diálogo entre as duas pontas.

Nascia aí a Eth&Co, que tomou forma aos poucos para entrar no ar em maio de 2017 como um espaço não só voltado às vendas, mas em valorizar a moda sustentável e em servir de vitrine para as marcas e designers. A empresa funciona justamente como intermediária e, seguindo o conceito slow, dispensa estoques e transportes desnecessários. Realizada a compra na plataforma, o envio do produto é feito diretamente pela marca ao cliente.

Para aparecer na plataforma os projetos autorais não pagam nada: o único critério é a cuidadosa seleção da curadoria. Apenas quando a venda é concretizada a loja on-line fica com um porcentual que remunera e mantém ativa toda a estrutura da plataforma. Tudo ético e transparente, assim como os produtos apresentados ali.

SERVIÇO: www.ethe.co

Eu amei a iniciativa! E pra fechar só posso dizer: Eu acredito é na rapaziada! Que segue em frente e segura o rojão!

Eu vou á luta com essa juventude
Que não corre da raia a troco de nada
Eu vou no bloco dessa mocidade
Que não tá na saudade e constrói
A manhã desejada